segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ele disse que era para sempre, você quase acreditou.

Vocês começaram ao contrário, e eram diferente de qualquer outro casal que conheciam. Brigavam às vezes, por motivos que agora te parecem idiotas e odiavam andar de mãos dadas. Demonstravam todo o  amor de maneira invisível, de maneira que só os dois entendiam. Isso era o bastante. Mas em algum momento, no qual você não percebeu, deixou de ser. E a falta de algo que não te faltava o fez faltar.  Amor? Ausente. Angústia? Presente, para sempre – ou quase.
Vocês se entendiam, e de repente, ele passou a querer entender o resto do mundo – sociologia nunca foi a matéria preferida dele, você sempre soube disso.
Enquanto ele se aventurava em curvas perigosas – você sabe do que estou falando, e principalmente, do quando elas podem machucar – você continuava no acostamento. Pedindo carona em algum carro – qualquer carro, mas no fundo sei que o que você realmente esperou por todo aquele tempo, foi uma ambulância. Você queria que ele se machucasse, você queria cura-lo.
Dentro de você ainda existia uma sensação de quase fim, com quase começo. E independente do quanto o cara que você conhecesse fosse incrível, ele não odiaria andar de mãos dadas.
Ele mandaria flores rosas – você odeia flores rosas.
Ele escreveria poemas  - você odeia rimas mal feitas.
Ele choraria por você – você é quem costumava fazer isso.
Agora você esta decidida: Cansou de pedir carona e parar sempre na próxima esquina. Vai caminhar com seus próprios pés, um passo de cada vez e observando toda a paisagem do caminho.
Sem mãos dadas.
Com flores de todos os tipos e cores no campo.
E claro, sempre implicando com a natureza por motivos bobos – por aí não faz tanto calor assim.
Percebe que sozinha, você conseguiu exatamente o queria?

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